Pataniscas Satânicas

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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

In Bruges



Sabem aqueles filmes do Guy Ritchie cheios de criminosos caricatos e gostáveis, com sotaques irlandeses cerrados interpretados por estrelas de hollywood a divertirem-se com o papel que matam pessoas a torto e a direito e fazem assaltos e tramam outros criminosos e no geral metem-se em sarilhos estapafúrdios e confusões intricadas cheias de eventos aparentemente desconexos até precisamente ao último momento em que todas as histórias se juntam e tudo faz sentido e depois vão todos beber uma caneca de cerveja felizes por terem sobrevivido mas sem terem ganho dinheiro apesar de tudo?

In Bruges não é um desses filmes.

Apesar de o trailer se esforçar muito por tentar convencer-vos que sim:



Quem vê este trailer é levado a pensar que vai ver uma mistura simpática e divertida entre o Snatch e o The Odd Couple.

Nada podia estar mais longe da verdade.

In Bruges é um filme compassado e calmo, muito intenso e pesado, sobre culpa, remorso e a futilidade da violência.

De facto tem os diálogos Tarantinescos dos gangsters a terem conversas banais enquanto matam pessoas, mas contrariamente aos filmes do Tarantino ou do Guy Ritchie, aqui o contraste entre a banalidade e a violência é desconcertante e perturbador ao invés de ser cómico.
Realmente também tem vários pormenores aparentemente sem importância que ao longo do filme vão ganhando significado, mas isso serve só para mostrar como estas personagens estavam lixadas desde sempre, e não para fazer o guionista parecer esperto.

Contar mais acerca do filme seria estragá-lo, por isso deixo apenas a recomendação, e a nota final de que a banda sonora está extremamente bem conseguida.

1 comentário:

  1. Um filme que me irritou profundamente. Baaah! Adorei o Ken, detestei o Ray, e admito que isso perturbou a minha visão do filme. O filme não é mau, tem cenas bonitas, mas a imbecilidade e estupidez do Ray em certos momentos põe-me fora de mim.

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