When the zombie apocalypse starts, go to the graveyard to play the best game of whack-a-mole ever!
Pataniscas Satânicas
domingo, 21 de novembro de 2010
Prioridades
Só para despachar as coisas importantes, o meta-Deus Héh Rhy-Söhn foi mais uma vez aplacado com o sacrifício de centenas de almas, e provavelmente não come o nosso universo durante mais um ano.
...
Imaginem um jovem. Um rapaz ou uma rapariga de uma determinada idade, entre os 10 e os 18 anos.
Este indivíduo jovem, no início da vida, tem imensas qualidades e características e idiossincrasias, mas para este exercício de pensamento basta-nos saber duas: é razoavelmente inteligente e razoavelmente bom a memorizar coisas.
Agora imaginemos que por qualquer razão este jovem se dedica aos estudos. Uma razão qualquer... seja porque os outros meninos foram cruéis com ele e ele decidiu que preferia ficar a estudar em vez de ir brincar, seja porque a mãe o sobre-protegia e ele ficava mais tempo em casa ou simplesmente porque era míope e por não conseguir ver tão bem à distância não era bom a jogar à bola e por isso preferia ficar em casa a estudar.
"Um bom empreendimento" pensará o leitor "ao menos não se meteu nas drogas!".
Este jovem dedica-se aos estudos, é inteligente, lê coisas, tem interesses mais intelectuais e eruditos que a média. Tem boas notas, tem sucesso na escola, os professores dizem boas coisas dele, os pais ficam todos orgulhosos e encorajam-no, a família fica orgulhosa e com uma ponta de inveja, porque os seus próprios filhos querem é jogar computador e jogar à bola e fumar umas ganzas.
O nosso jovem não, o nosso jovem é trabalhador e dedicado. Durante toda a adolescência vai investindo tempo no estudo, que podia ser usado a socializar, a aprender a relacionar-se com os outros, a explorar as suas emoções, a aprender a empatizar, ou muito simplesmente a masturbar-se (até isso seria mais saudável).
Entra na faculdade, para um qualquer curso de topo, prestigiante e com estatuto. Do tipo de curso onde nas primeiras aulas do ano, os professores dizem coisas como "vocês são a elite do país" e outras parvoíces do género.
Na faculdade o trabalho é mais exigente, é preciso dispender mais tempo e energia, fazer mais cedências das coisas de que se gosta. Talvez o nosso jovem gostasse de ver filmes, ou ler livros, ou tirar fotografias, ou sair à noite, ou masturbar-se.
Mas agora está na faculdade e tem de trabalhar e essas coisas pode fazê-las depois, porque agora o importante é estudar.
Até porque à volta dele há tantos outros como ele que trabalham tanto ou mais que ele, e estudam tanto ou mais que ele e que até (gasp!) têm notas melhores que as dele! Ele agora tem mesmo de estudar.
Há uma coisa engraçada acerca dos interesses... toda a gente pensa que os passatempos e os gostos e o divertimento é uma coisa na qual se cai naturalmente se não nos disciplinarmos a trabalhar.
Mas isso não é verdade. Os gostos e os interesses precisam de dedicação e amor e carinho como qualquer outra coisa. Se não os tiverem... definham, ressecam-se e depois morrem.
Quando o nosso jovem um dia chega a casa e já trabalhou tudo e já estudou tudo, e finalmente hoje tem tempo livre pode então... hum... pode... nada.
Descobre, talvez sem grande surpresa e com uma ponta de tristeza que não tem realmente nada para fazer. Já não têm interesses. Já não tem coisas que o entusiasmem.
Então o que é que vai fazer? Vai estudar um pouco mais! Assim até pode ter melhor nota!!!
E então o nosso jovem acaba o seu curso! Acaba-o com uma grande média, não tem dificuldade nenhuma em encontrar emprego e vai para um lugar de renome e estatuto.
E lá encontra outros como ele, ainda mais competitivos.
O que é que ele faz? Vai dedicar-se ainda mais ao trabalho, até porque não tem nada de mais interessante para fazer.
E este homem (entretanto já cresceu) é completamente vazio. Não tem interesses, não tem paixões, não tem personalidade.
E no entanto por ser excelente no que faz é considerado um exemplo para a sua geração. As mulheres querem-no e os homens querem ser como ele.
Digo-vos... como este exemplo eu conheço dezenas. Pessoas a sério, da minha faculdade. Tipos vazios, desinteressantes, frios, que não sabem o que é que andam cá a fazer. Mortos por dentro.
É triste, a sério que é.
E será que alguma vez tiveram escolha? Será que era tão simples como alguém se ter apercebido que o puto era míope e terem-lhe arranjado uns óculos para ele poder ir jogar à bola?
O que houve definitivamente foi um momento em que se lhes deparou a escolha entre priorizarem o divertimento e priorizarem o trabalho.
Publicada por
Gui
às
00:27:00
Etiquetas:
desmotivacional,
rant
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEu só notei que era míope quando tinha 17 anos ... isso é mau sinal?
ResponderEliminarpéssimo sinal.
ResponderEliminaresse jovem podia ter aprendido a masturbar-se, é o que eu retenho deste texto.
parece que quem o escreveu está dizer que os tommys do mundo se devia ir foder a eles próprios.
de maneira muito digna, com o cabelo muito adubado e lustroso.
mas está aberto à interpretação.
Essa é de facto uma interpretação bastante segura.
ResponderEliminarEstudos recentes mostram que a miopia e a falta de visão estao de facto associados à masturbação. Bem como o crescimento de pêlo nas palmas das mãos.
Tirem as vossas próprias conclusões quanto à miopia tardia.