Pataniscas Satânicas

Pataniscas Satânicas

terça-feira, 23 de novembro de 2010

The Walking Dead



Sempre fui fã de zombies.

O primeiro filme de zombies que me lembro de ter visto foi o Night of the Living Dead de 1968, do George Romero.
Tinha 11 anos, e vi-o num especial de Halloween da TV5 que apanhava na parabólica (ainda se lembram quando havia antenas parabólicas?).
O filme meteu-me medo!!!
Mas medo a sério!

Já antes eu tinha visto filmes assustadores, mas eram sempre os sustos de gato-atirado-à-cara...
O filme começa de uma maneira brilhante, com dois irmãos num cemitério a discutirem, enquanto uma figura cambaleante em plano de fundo se vai aproximando cada vez mais deles até que subitamente os ataca.
A ameaça não é uma surpresa. Este à vista o tempo todo, foi sempre ameaçadora ou pelo menos estranha, e inevitavelmente, por muito que nos tenhamos arrepiado e querido fugir, cai-nos em cima.

Para 1968 era uma forma bastante original de criar terror e suspense, e acagaçou-me brutalmente quando eu tinha 11 anos.

Desde então que é o único género de terror que ainda me consegue meter medo num nível primário. Quando tenho pesadelos, são com zombies.

Fiquei viciado em zombies.

Tenho visto todos os filmes de zombies a que apanho mão. Bons, maus, não interessa. Se são zombies eu tenho curiosidade em ver.

Tenho visto coisas excelentes (28 Days Later, Shaun of the Dead) e outras bem mázinhas (Diary of the Dead).

Uma das melhores coisas com zombies que encontrei nos últimos anos foi uma banda desenhada chamada The Walking Dead, escrita pelo Robert Kirkman.




É particularmente boa, porque para além do facto de nos pedir para aceitar que aconteceu um Apocalipse Zombie, tudo o resto é uma progressão lógica de acontecimentos, que segue um grupo de sobreviventes à medida que estes tentam... sobreviver.
As personagens são todas extremamente complexas e vão-se tornando mais profundas à medida que passam experiências traumáticas (raramente até provocadas pelos zombies).

A banda desenhada tem um estilo gráfico muito próprio, a preto e branco, muito sangrento e peçonhento, sem no entanto deixar de parecer uma banda desenhada.



Recentemente, a BD foi adaptada para série de televisão.



A série está muito bem feita, sendo invulgarmente fiel à banda desenhada, e com um casting excelente!




Deixo-vos com um trailer:



E, por incrível que possa parecer, o Night of the Living Dead, de 1968, na íntegra.

3 comentários:

  1. Sim senhora, acho que a versão de Tv é promissora.

    Apesar de não ser um fã de zombies, existem filmes que me marcam pela forma de como esta elaborada e "The walking dead" está na lista do must see. O "Shaun of the Dead" recomendo, porque nunca tinha visto um filme de comédia com zombie e esse é mm de eleição, principalmente o final está brilhante. Versões de BD estão à venda no Bookdepository.com e alguma, acho eu) estão em desconto.

    Mas cuidado com filmes de serie B que podem desde ir a brilhantemente hilariantes, tal como serem extremamente monótonos e com vontade de imolar objecto mais próximo (zombie nation ou zombieland se não me falha a memória).

    ResponderEliminar
  2. nós falamos ontem disto!
    inda não tinha visto o blog.
    Mantenho o que disse. Será interesante ver a definição da linha fina que separa a fidelidade à história, acrescentando, ou reforçando aspectos que a tornem comercialmente viável, e a deturbação criativa, mastigada por executivos-zombie nos antros da FOX, e regurgitado sob a forma de produto adequado às sensibilidades dos teens-kidults cristãos, amaricanos. Não tou a ver guiões com o filho do rick a matar pessoas, sem longas-explicações geradoras de empatia.
    Mas era fixe!

    ResponderEliminar
  3. O Zombieland é muito bom! É uma mistura de filme geek bastante introspectivo com um filme de zombies.

    Eu tenho grande esperança na série. Acho que se eles tiverem alguns tomates para arriscarem nas cenas mais violentas conseguem um estatuto de culto que lhes dá segurança para manterem a série muito mais tempo.

    Vamos a ver...

    ResponderEliminar