Para as pessoas ainda mais alheias à realidade que eu, uma informação importante: no passado dia 25 a hora mudou. O relógio adiantou-se, perdemos todos uma hora.
Eu só reparei hoje.
E reparei porque estava a sair do trabalho às 6:30 e o sol ainda havia imensa luz! Tanta luz que havia! O sol estava alto, as crianças e os delinquentes ainda estavam a brincar na rua, as copas das árvores estavam brilhantes.
E senti-me feliz. Senti-me mais feliz do que me sentia há muito tempo.
Não me senti contente, porque há sempre motivos para estar descontente. Mas uma felicidade basal que ignorava o descontentamento.
Porque estava sol.
E tive a distinta impressão de que agora os anos eram muito mais cheios de sol e verão do que de penumbra e inverno.
Mas isto não faz sentido, porque o tamanho das estações não mudou.
O que acontecia era que até há muito pouco tempo o meu ano tinha uma divisão nos meses de Julho-Agosto.
O ano lectivo começava em Setembro-Outubro prolongava-se durante o inverno e depois acabava em Julho-Agosto.
O centro do ano era durante o Inverno. O Verão tinha uma clivagem a meio, mesmo que abstracta.
Agora que estou a trabalhar o ano começa em Janeiro. E depois acaba em Dezembro. É assim que a progressão da carreira da maioria das pessoas acontece, de ano a ano, de Janeiro a Dezembro.
Portanto agora no centro do meu ano está o Verão. O tempo frio está partido em duas metades mais fáceis de digerir.
Gosto deste novo paradigma.
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