Pataniscas Satânicas

Pataniscas Satânicas

domingo, 28 de setembro de 2014

Viddy well, little brother. Viddy well!

It funny how the colors of the real world only seem really real when you see them on a screen



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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

SUPER

Portanto acabei de ver um dos melhores e mais estranhos filmes que já vi ultimamente.


Basicamente adorei o Guardians of the Galaxy, que, incidentalmente ja fez 700 milhões de dólares em receitas worldwide, e fui à procura de outros filmes do mesmo realizador, o James Gunn.

O James Gunn começou a sua carreira cinematográfica com a Troma Pictures, que nos anos 80 e 90 fez vários filmes gore, nomeadamente a saga do super herói Toxic Avenger.


Depois realizou algumas coisas que eu ainda não vi mas que supostamente são muito boas, como o Tromeo and Juliet e o Specials.

O que eu vi de facto foi o Super.



Ora é razoavelmente difícil descrever o Super porque há imensa coisa a acontecer ao mesmo tempo.
De certa forma é um filme de desconstrução do conceito de super-heróis, no qual um homem normal decide vestir um fato de super-herói e combater o crime, a lá Kick-Ass, com o qual tem muitas semelhanças. 

Tem simultaneamente aspectos estilísticos de filme indie de baixo orçamento e de filme gore com baixo orçamento e com uma violência física muito, muito agressiva que provavelmente não é para toda a gente. E o filme tem todos os actores. O Kevin Bacon, a Liv Tyler, o Michael Rooker, até tem o Nathan Fillion FFS!

A narrativa não é nada de estupendamente inovador ou original, está lá só para permitir que as personagem centrais se revelem e cresçam. 
O tema central destas personagens é a insanidade, mais especificamente insanidade mental face a uma sociedade injusta e cruel.


O personagem principal é o Frank Darbo, aka o Crimson Bolt, maravilhosamente interpretado pelo Rainn Wilson do The Office americano.
Mas apesar de o personagem principal ser claramente doido, muito violento e mesmo homicida o filme não tenta desculpá-lo ou redimi-lo. No entanto as suas motivações são tão claras e compreensíveis que é difícil não empatizar com ele, mesmo quando está a partir a cabeça de pessoas que se metem à frente em filas. O facto de empatizarmos com este personagem torna-nos cúmplices dele. Ele faz aquilo que nós gostaríamos de fazer: sair e combater o crime, corrigir as coisas erradas na sociedade. Nós não o fazemos porque não somos doidos, mas ele fá-lo!


Depois há a personagem secundária, a Libby, aka Boltie, que é a geek que é demasiado intensa a gostar de banda desenhada. Se o Frank é quem gostaríamos de ser mas não somos, a Libby é quem somos, mas preferíamos não ser. 
A Libby é uma espectadora, é obcecada com banda-desenhada e super-heróis. Passa a vida a ler banda-desenhada e a desejar estar dentro das aventuras, com uma obsessão quase doentia. Naturalmente quando a oportunidade surge para participar de facto nisso, enlouquece um bocadinho e as piores partes vêem ao de cima.
Enquanto que para o Frank a motivação para combater o crime passa por um sentido de justiça e moralidade (mesmo que deturpado) para a Libby é uma coisa catártica, fetichista quase-sexual que vem da sua obsessão por super-heróis. É a sublimação do voyeur subitamente estar directamente envolvido nas suas fantasias. É desconfortável...

Sobretudo porque ela é a substituta do espectador, de nós. Nós somos os voyeurs. Somos os espectadores tanto das bandas-desenhadas como do próprio filme no qual a metáfora é apresentada.
E, como nós naquela situação, a vida corre-lhe mal. Ela não tem um colete à prova de balas feito de protecção narrativa. O Frank tem porque é o herói, ela não tem porque é a observadora.



De qualquer modo, e porque já não sei bem para onde é que ia com isto, o James Gunn é um grande realizador, muito subestimado.
O filme Super está extremamente bem construído, tem um excelente ritmo, todas as cenas o empurram para a frente e nunca são repetitivas.
Nota-se o mesmo tipo de técnica e domínio da narrativa e cinematografia que depois se viria a ver no Guardians of the Galaxy.

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domingo, 14 de setembro de 2014

A História do Papão

Eu, pessoalmente, culpo os vegetais.

Mais especificamente a agricultura. Esse foi o ponto de viragem.

Porque percebam, durante muito, muito, muito tempo, nós fomos caçadores-recolectores.
E quando digo "nós" refiro-me a seres humanos modernos.

Os seres humanos, o Homo Sapiens, existe e tem o aspecto que tem hoje desde há 200 000 (duzentos mil) anos. Éramos nós, humanos sem excepção.

E éramos caçadores-recolectores. E o que é que isto significava?

Significava que toda a nossa alimentação, aquilo que nos mantinha vivos, tinha de ser caçada ou recolhida na sua forma selvagem. Colhíamos bagas e frutos para comer quando estavam maduros, caçávamos gazelas ou bisontes ou mamutes quando eles migravam por perto, ou tínhamos nós de acompanhar a migração deles.


Era uma subsistência duvidosa, incerta, muito dependente de factores externos. E não morríamos sequer de maneira simpática, na caverna com os outros homens das cavernas.  Provavelmente morríamos assim:


"AAAAAAAAAAH AHHHHHHH AHHHHHHHA AHHHHHHHH ESTOU A SER COMIDO VIVO!!!!! AHHHHAHAA ISTO DÓI IMENSO!!! AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!"

Devia ser mais ou menos assim. 
De qualquer modo, estávamos sempre à beira da fome e da morte.

Mas não dava muito trabalho. Caçavam um bisonte uma vez por mês e comiam-no até terem de ir caçar outro. E o resto do tempo? Provavelmente fornicavam muito, porque era a única maneira de contrabalançar a mortalidade enorme que sofriam. Ou faziam pinturas nas paredes quando se aborreciam, provavelmente.
E nós ficámos assim durante muito muito tempo, a viver desta maneira precária!

Foram precisos pelo menos uns 180 000 anos para que um dia, um desses humanos pré-históricos, se lembrasse de uma coisa melhor.

Imagino que tenha corrido mais ou menos assim.


Homo Sapiens Esperto (HSE): Ouçam, e se em vez de estarmos à beira de morrer à fome todos os meses, fôssemos ali abrir uns buracos no chão, pôr lá umas sementes, e tomar conta daquilo todos os dias até essas plantas crescerem e depois comêmo-las?
Homo Sapiens Idiota (HSI): Isso dá muito muito trabalho, acho que prefiro continuar a fornicar e a pintar as paredes.
HSEsperto: Mas se decidires prescindir dessas coisas e trabalhar muito, talvez em vez de andarmos sempre a morrer que nem tordos, possamos construir uma fonte renovável e confiável de comida com a qual podemos subsistir com mais segurança.
HSIdiota: Mas isso demora tanto tempo! E dá tanto trabalho! Eu prefiro correr o risco de morrer numa caçada selvagem todos os meses, do que sujeitar-me todos os dias a trabalho físico intenso, rigoroso e muito aborrecido! E tu já comeste essas plantas? Não sabem a nada! Prefiro carne de búfalo cozinhada nas brasas!
HSEsperto: Ouve... se estiveres disposto a parar de fornicar durante 5 minutos, podes ir lá fora, cavar uns buracos todos os dias, e os teus filhos e a tua tribo não correm o risco de morrer à fome de 15 em 15 dias.
HSIdiota: ... mas fornicar o dia todo!!!
HSEsperto: Ouve, estúpido, se tu não fores trabalhar no duro vão-te acontecer coisas más! Há um Papão, muito grande e muito poderoso! Que te faz mal, se tu não parares de fornicar e fores cavar buracos! BoooOOOO! Olha o Papão!!!
HSIdiota: mas como é que o Papão pode saber que eu estou sempre a fornicar?
HSEsperto: o Papão sabe tuuuudo! E vê tudo o que tu fazes!!! Eu sei porque ele disse-me! Portanto vá... cavar buracos...


Ok, se calhar não foi exactamente assim, mas o ponto é que, a determinada altura, depois do fim da última idade do gelo há 11 000 anos, os povos caçadores-recolectores do sudoeste asiático, médio-oriente e egipto começaram a domesticar espécies selvagens de trigo, lentilhas, favas, grão e cevada e a tomar um estilo de vida mais sedentário.

A agricultura é dura, dá muito trabalho, mas é segura (mais segura do que lutar contra tigres dente de sabre) e razoavelmente confiável nos seus resultados. 
Mas com a agricultura estávamos presos ao chão, deixámos de viajar. Com a agricultura começámos a acumular bens e, pela primeira vez, tínhamos mais coisas do que aquelas que conseguíamos transportar connosco.
Pela primeira vez tínhamos possessões em números grandes que podíamos comparar uns com os outros. Precisámos de números para contar o que tínhamos.
Pela primeira vez tivemos excedentes que podiam ser trocados por outros bens. Precisámos de letras para registar essas trocas.
Estas ideias de bens, comércio, economia, poder, estas consequências mecanísticas da mudança do nomadismo para um sedentarismo agrícola, foram a base da civilização humana como a conhecemos hoje.
A agricultura permite uma explosão populacional global, e estabilidade suficiente para que as primeiras cidades, estados, reinos e religiões organizadas possam começar a emergir. Estes estados primordiais eram usualmente teocracias, nas quais o poder político era justificado por prestígio religioso.

Pouco tempo depois, há cerca de 6000 anos, a escrita e a roda são inventadas, algures na Mesopotâmia e na Suméria e a evolução tecnológica e científica começa a acelerar a uma velocidade que nunca diminuiu desde então.

E não se esqueçam que isto tudo aconteceu mesmo mesmo muito recentemente! Fomos humanos durante cerca de 190 000 anos até que isto começasse a acontecer, e a história escrita só está registada desde há cerca de 6000 anos.

Isto tudo porque uns avós nossos decidiram meter medo uns aos outros com histórias do Papão. "Aquela bola de fogo no céu? É um sinal de que o Papão não está satisfeito e tens de cavar mais buracos", "A gruta desabou e matou a tua família? O Papão estava zangado contigo porque tiveste pensamentos de que ele desaprova, tu sabes quais foram...", "Não queres trabalhar o dia todo? Olha que o Papão zanga-se!", "Achas que a vida devia ser mais do que cavar buracos? Depois de morreres, se cavares muitos muitos buracos, e fizeres sempre o que o Papão manda, tens tudo o que queres! Como é que aproveitas se estás morto? Olha que o Papão não gosta de perguntas dessas..."

E nós somos os descendentes directos destas pessoas. Somos os descendentes dos que decidiram um dia parar de vaguear, parar de fornicar o dia todo, prescindir de muitos prazeres, arregaçar as mangas e trabalhar no duro todos os dias à espera de recompensas futuras. Somos descendentes dos que tiveram medo e decidiram jogar pelo seguro, dos que foram crentes e aceitaram ser obedientes. E quanto mais o fossem mais sucesso tinham, mais sobreviviam, mais netos tinham. Somos o resultado de uma selecção social que dava vantagem à obediência e à crença.

Temos todos medo do Papão.
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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Os Beatles são a melhor banda de sempre

São... quer dizer, isso está sequer em discussão? Como? De que maneira? 

Não podemos todos simplesmente concordar que os Beatles são a melhor banda de sempre e pronto?
Qualquer discussão sobre música e sobre bandas musicais tem de começar com a premissa de que os Beatles são os melhores, porque senão não há discussão possível.

E eu sei que há por aí snobs pretensiosos que gostam de parecer superiores e espertos dizendo mal de bandas globalmente aceites como sendo boas! Eu sei porque sou um deles!
Vejam:
Os Radiohead são uma banda monótona e desinteressante!

Mas tentar isso com os Beatles? Honestamente? É com os Beatles que vão tentar fazer isso? De todas as bandas com que isso poderia funcionar, vão escolher exactamente aquela com que não há discussão possível! A banda que obviamente é a melhor? É isso que decidiram que vos ia fazer parecer espertos?

Mais do que ser simplesmente sem-sentido, argumentar que os Beatles não são os melhores, só faz com que a pessoa que o diz pareça estúpida. 
Como aquela pessoa que não percebeu a piada, mas não percebeu que não a percebeu, e então diz de forma assertiva e incisiva algum comentário à piada que é tão ao lado que as pessoas à volta dela se sentem constrangidas com tamanha estupidez e têm vergonha de a corrigir porque explicar a piada só ia reforçar ainda mais a estupidez da pessoa.
É isso que acontece quando alguém tenta dizer mal dos Beatles.

Quer dizer... ouviram sequer as músicas deles? Dizer mal dos Beatles só chama a atenção para o quanto não percebem de música. Qualquer comentário musical que queiram fazer depois disso será sempre pontuado pelo facto de que disseram mal de Beatles.
Eu sei que estão a falar mas eu não estou a prestar atenção porque disseram mal de Beatles, e nesse caso que valor é que realmente pode ter o que quer que tenham para dizer?

Parvos: Ah, mas os Beatles não-
Eu: os Beatles são a melhor banda de sempre!
Parvos: não, mas-
Eu: Melhor.  Banda. De sempre!
Parvos: mas eles nunca-
Eu: em todos os aspectos! Não há nenhuma medida pela qual os Beatles não sejam a melhor banda de sempre!
Parvos: não, mas os Beatles-
Eu: Eleanor Rigby!!!

Até podem não gostar de Beatles! Podem preferir outras bandas! Não é isso que está aqui em discussão. O problema é não reconhecerem que os Beatles são os melhores.
É mais ou menos o mesmo que dizer "Ah, eu acho que o Mozart não era assim tão bom quanto isso, e o Van Gogh também era sobrevalorizado e não percebo porque é que toda a gente gosta assim tanto de Bacon!"

E não têm de perceber. As pessoas não têm todas de saber as mesmas coisas, não temos todos de compreender a fundo os mesmos temas! Eu não percebo nada de moda, ou de fotografia!
Aquilo que têm de pensar é o seguinte: "Se eu não percebo porque é que os Beatles são tão bons, então é porque não percebo nada de música. Vou guardar as minhas opiniões para mim mesmo, ficar caladinho, e ouvir as tretas de que gosto. Provavelmente Buraka Som Sistema."
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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Fun at the doctor

That's what happens when you feel bad for a long time. You go to the doctor, and tell him: ''doc, i've been feeling like shit lately.'' The doctor will then proceed to ask you some questions to see if you mean business: ''Have you lost weight? How do you sleep? Do you find less pleasurable some activities that you once enjoyed?...''

If you convince the doctor, he will give you some pills, and a rest from work. He'll call it a ''psych leave''. Apparently you are now depressed.

You ask what does that mean. Well, it means you feel like shit most of the time! Let's pretend you hadn't noticed that yet, and focus on the more important aspect, which is, you convinced a doctor that you are depressed! That guy is your accomplice now! You are entitled to fuck with him a little. Arrogant prick! Thinks he knows everything. You are probably depressed because you had to park your crappy car next to his Aston Martin. And you had to pay him half of your salary! That didn't help either.

First things first. Throw those pills away, they suck. They don't do anything at all. Then, go home, and throw a huge party! Spend all your social security money on it! Invite all your friends, and dance all night!

The next day, throw an even bigger party, under the theme: ''Celebrating my depression money!'' Get a lot of prostitutes on this one, and do a lot of drugs. This is important. Are you taking notes?
After the party, burn down your house, while laughing hysterically.
This way you will be in the paper the next day. How grandiose! You are famous now!

And that way, the doctor can read in the paper about you! Let him question his training over breakfast. Bastard!

After that, steal the doctors Aston Martin and drive it like the wind! Against a wall. Remember to dress flashy! Oh, and to get out of the car before the crash. You are crazy. Not stupid. It's not a fine line.

At some point, the competent authorities will come and take your social security money away. When that happens, go back to the doctor. He's your accomplice, tell him you need more money, or you will go to the police, and divulge your little ''ruse''. Use shady language, and threaten the fucker. Treat him like shit. Smack him in the head, like he's a schmuck. They are used to that.

Eventually, he will start to get hostile. If not, open his spatule box, and french kiss all his spatules. Fuck him. When he gets really pissed, tell him you are jesus christ, his lord and savior, and you will transform his body into solid gold, with the magic touch of your cock!

Answer his questions, until he tells you, with a heavy heart, that you are bipolar. And them the real fun can begin! You are now legally insane! And if you are worried about being forcefully committed for the rest of your days, rest easy, that was in the old days! Now, they want you on their wards, like they want you to shove their stethoscope in your arse, asking if they can hear the farts you are going to pass tomorrow! You'll be in the hospital a couple months, tops, and asleep most of the time.

After that, it's easy street, living on the government tit, whenever you want, for the rest of your life, you burden of the state!
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sábado, 6 de setembro de 2014

Porcos de Corrida

''You can't make a race horse out of a pig...
No. But you can make a race pig.''
-Steinbeck

She had thick, dark, slightly curled hair. It framed perfectly her diamond shaped face. And you could guess an intelligence shining in her eye, confirmed by a half smile, just above mona lisa, and just below sarcasm. A smile of understanding. Her likely natural state, judging by the light smile lines, drawn like joy on her face. It looked like the stereotype for swan neck had been invented to describe her.

This might be the absolute truth. Or maybe the music, the poor lighting in the night club, the third gin and tonic and my loneliness, for some reason all kicked in at once. Well, for the desired effect, is of little importance.

She notices me, staring, but her expression remains unchanged. Perhaps a nanosecond blink of the eyes, a second of a shy look at the floor....  Perhaps i want my staring to have some impact on her.... Perhaps she notices the stare of the guy next to me.
Perhaps i'm overanalyzing it. This is not my habitat. I've drowned in this waters many times, choked by the ecstasy in the tides of the crowd, turned into a storm by the violent rising metal beat of the bass.
The flashes of lighting, the thunder in the 'music', the drunken tidal waves of the sweaty, blurry, human mass, transform the scenery in a frame-by-frame utter bedlam.

She looks like a tropical island in the midst of this, with the bright shine in her eyes, and the little umbrella in her orange sunrise drink.

I'm old... Lately my ego has been increasingly rejection resistant. I intentionally mistake that for confidence. For the desired effect, it is of little importance.

I move.

I can't dance, I don't know any good pick up lines. I can't adjust my voice to scream at someone's ear, above the roar of the 'music', and below tympanic rupture volume. I can't read the frame-by-frame club body language. I don't know what i'm going to say.

My odds dismay even the most optimistic gambler. But i move. I'll run the track, behind everybody, if need be.

Because i'm a race pig.
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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

The Grand Budapest Hotel

O Wes Anderson é um génio do cinema e um dos realizadores actualmente que melhor utiliza a linguagem visual nos seus filmes.
As simetrias perfeitas, as grandes angulares, as composições invulgares das cenas.





Em todas as coisas a atenção ao detalhe é assombrosa.

No seu filme mais recente, o The Grand Budapest Hotel, não pude deixar de reparar no seguinte.

é um filme sobre frames

Ou seja...

a narrativa está framed/emoldurada 
começa com uma jovem num país de leste a ir visitar o busto de um herói nacional, que numa entrevista conta uma história, uma história de como quando era novo encontrou o dono do famoso Grand Budapest Hotel, o dono do Grand Budapest Hotel conta a história da narrativa propriamente dita, e no fim do filme a narrativa propriamente dita é terminada pelo dono do GBH, comentada pelo escritor jovem, concluída pelo escritor velho no fim da entrevista, e depois a jovem afasta-se do seu busto.

o filme muda constantemente o seu aspect/ratio, ou seja, o frame/moldura da imagem
As mudanças narrativas são pontuadas com mudanças subtis de um formato de 16:9 para um de 6:4

a história é sobre um retrato numa moldura/frame
A narrativa centra-se à volta de um retrato que foi roubado

e sobre uma personagem que está a ser tramada/framed por um crime que não cometeu

...

Portanto isto tudo só para chamar a atenção ao facto de que o Wes Anderson é um dos génios mais sub-apreciados do cinema actualmente.
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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Vai dar Banho ao Cão

Porque é que vocês se andarem a encharcar voluntariamente, e vestidos, ajuda os doentes com esclerose lateral amiotrófica?

Qual é a relação entre as duas coisas?

Porque é que gastar 50 litros de água, e apanhar uma pneumonia ajuda os outros doentes? É uma mostra de solidariedade? É promessa que vão ocupar a cama de hospital ao lado do desgraçado com esclerose lateral? É por serem famosos? E o parvalhão do meu vizinho, para que é que eu ando no facebook, a ver o video dele a tomar banhos gelados?
É capaz de ajudar num sentido: a mulher dele não quer nada com ele há algum tempo, e dizem que os banhos gelados acabam com o tesão de mijo à velocidade da luz. (peço desculpa pela falta de nível)

Se eu fosse famoso e quisesse ajudar, dava era um banho a um doente com esclerose lateral, que o desgraçado não se consegue mexer, quanto mais esfregar as costas. Ou então pagava a uma enfermeira atraente para lhe dar um banho de esponja.
Isso é que ajuda um gajo! Perguntem aos doentes com esclerose lateral!

Eu proponho o desafio de tirar macacos do nariz e colá-los nas sobrancelhas, para ajudar os doentes com queda de cabelo. Nomeio o Ronaldo, o Ministro da Saúde, e uma gaja boa que vi numa novela ontem, que agora não me recordo do nome. Força gaja boa!

Ursos.
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