Pataniscas Satânicas

Pataniscas Satânicas

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Minecraft

Ando viciado num jogo novo!!

Chama-se Minecraft. (vão vê-lo... já!)



E este jogo em si é um exemplo bonito de como anda a indústria de jogos actualmente.

Eu ouvi falar deste jogo no Blog/Webcomic Penny Arcade, que há mais de 10 anos faz críticas de jogos/comics acerca de jogos e que entretanto já ganhou uma reputação e um poder que a torna verdadeiramente influente na indústria!

Eu joguei a versão grátis no próprio site do jogo e achei piada ao conceito: um mundo infinito gerado aleatoriamente que é a vossa caixa-de-areia onde podem explorar, recolher recursos e construir tudo o que vos passar pela cabeça.




Eu continuaria a explicar, mas porquê fazê-lo quando a Penny Arcade o fez muito melhor que eu (e com bonecos!): Mine, All Mine part 1, part 2.

Comprei o jogo (!) por cerca de 10€ (!), não só porque o conceito me apelou imenso, mas também por uma sensação de querer começar a contribuir para uma comunidade que me deu tanto ao longo dos anos. Mesmo que a maior parte disso tenha sido sob formas divertidas de matar pessoas.

Portanto agora estou a jogar o jogo ainda na fase Alpha (ainda nem está em Beta) e, de acordo com o gajo que está a desenvolver o jogo, terei acesso grátis a todos os updates e versões do jogo.

A indústria de jogos está a ganhar uma vida própria. Já envolve mais dinheiro e lucros que os filmes e a música juntos e agora com a popularização da compra de jogos pela net, os preços vão baixar e os desenvolvedores independentes vão poder fazer cada vez mais coisas originais.



Entretanto, não foi fácil convencer o Ricardo...

A seguinte conversa tomou lugar:

Eu - É um mundo infinito gerado aleatoriamente onde podes fazer o que quiseres!
Ricardo - Fazer o quê?
Eu - Podes explorar e recolher materiais e fazer blocos e construir coisas!!!
Ricardo - E...?
Eu - ...e é isso.
Ricardo - Só isso?
Eu - Também tens zombies...
Ricardo - Ah! Tens de matar zombies!
Eu - Não tens de os matar... mas podes.. e eles só aparecem à noite..
Ricardo - Então o que é que tens de fazer?
Eu - Não tens de fazer nada! É essa a beleza do jogo podes fazer tudo o que quiseres!
Ricardo - E tu o que é que fizeste?
Eu - ...fiz uma casa.
Ricardo - Para quê?
Eu - ... para fazer uma casa.
Ricardo - Ah...
Eu - A casa é um fim em si mesmo!
Ricardo - Ah... fixe...

O que faz sentido se pensarmos que ele gosta de jogos assim:

Read More »

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

fluxos misantrópicos (ah, mas que bem...)

Sim, acabei de abrir o word, para poder ir à procura de sinónimos à medida que escrevo...
é esse tipo de post... e o primeiro, by the way...

O dia acabou e sentes que te lixaram. Reformataram-te. Converteram-te. Catequizaram-te. Dizes a ti mesmo que tem que ser. Não queres. Mas tem que ser... e, claro, o espírito é forte, mas a carne é fraca, e a procrastinação está na ordem do dia, e ahahahah, enquanto lês mais uma piada do phd. No entanto, quando acabas, o espírito corre com a carne aos pontapés corredor fora, manda sentar a escara na cadeira da cozinha, e continuas a ler. a resublinhar. a fazer setinhas para a margem já cheia de apontamentos ilegíveis. a recitar de olhos fechados o que já leste. a ensandecer.

Nós faziamos piadas...acerca das pessoas estúpidas. ficavamos na conversa até tarde, e diziamos que iamos fundar uma religião. o culto do heh-rrhi-sohn, ou lá o que era. a virgem maria a ter sexo com um buda bonacheirão, e um pássaro empertigado a ver, num peitoril de uma janela de um mosteiro, enquanto a música se arrastava.
Lembro-me do primeiro dia em que pensei que não era assim tão descabido um ser humano perder o juizo depois de passar 80% do seu dia a decorar pergaminhos sagrados sob stress intenso. Falamos sobre isso. Rimos sobre isso.

E parece que descobri areia no deserto - A religião ja existia! toda a gente tem que prestar tributo diário, ou sente-se culpado de pecar contra a entidade no imediato, e será a longo prazo condenado ao inferno de MGF, a ser assado em lume brando com uma maça na boca por um bando de papalvos de fato que vêm anunciar a banha que a cobra deu o mês passado, não- a semana passada! e que estudos recentes controlados, randomizados, duplamente cegos, mas a espreitarem por baixo das vendas, mostram cada vez que um dos decrépitos do burgo não toma um dos feijões mágicos que eles vendem, um cachorrinho derrama uma lágrima... e és tu o responsável pelas lágrimas dos cachorrinhos! Mas tu queres que os cachorrinhos parem de chorar, mas não consegues mexer-te porque estás atado a um pau, nem gritar por causa da maça que te puseram na boca! enquanto isto tudo acontece perante os teus olhos, vem uma velha muito chata com uma forquilha e pica-te o rabo repetidamente, enquanto se queixa das artroses e te berra aos ouvidos que quer um TACO por causa das diabetes!!!!
AAAAAAAAAHHhhh!! Belzabu! Vade retro! livra-te do inferno de MGF.

benze-te 3 vezes. lê três páginas. faz três perguntas.

aceita que não podes controlar tudo. rende a tua vontade própria ao juri de exame. aceita que nenhum método é perfeito. Só a entidade. os métodos são terrenos. a entidade é imaterial. ela é espírito puro.
Que nunca seja derrotado o peregrino que argumenta com as palavras textuais da entidade. Amén. Que seja fulminado por mil raios o cão impuro que começar qualquer frase com:
''Mas aqui neste outro capitulo, diz que...''

benze-te 3 vezes. lê três páginas. faz três perguntas.

ah, e acerca dos sinónimos e o tolstoi e o dostoievski, faziam o mesmo! Sacanas, abriam o word, e iam á procura dos ismos mais cismadores que davam às suas cogitações o semblante mais arguto do neorealismo cosmopolita rock progressivo-burguês. e depois diziam que eles é que se lembrado daquela porra toda... exacto... originais
a minha pequena piada aos ladrões do fogo... quero dizer, às pataniscas satânicas. :)
Agora tenho que me ir vargastar enquanto recito salmos.
Read More »

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Níveis de Dificuldade


Vou assumir, para o efeito deste texto, que o leitor já jogou algum jogo de computador.

E se não jogou, em que buraco é que andou metido estes anos todos?
Vá já a correr jogar alguma coisa, que isso é uma vergonha, nem se atreva a dizer em público que nunca jogou um jogo de computador senão os outros meninos vão achar que você é um tótó.

Ora...

O leitor estará certamente familiarizado com o conceito de níveis de dificuldade.
Quando começa um jogo de computador, geralmente é-lhe dada a opção de escolher se quer jogar em "Fácil", "Normal" ou "Difícil".
Por vezes até há mais níveis de dificuldade por onde escolher.

A primeira vez que me lembro de me deparar com a situação que vos vou relatar foi com o Unreal Tournament.
O Unreal é um First Person Shooter, daqueles em que só se vê a mãozinha da nossa personagem a segurar a pistola (ou lança-rockets, como costumava ser o caso) e joga-se em arenas enquanto matamos inimigos controlados pelo computador.

Ora estava eu a jogar, e aconteceu uma coisa muito curiosa: perdi.
"Não é nada de mais" pensei eu "é a primeira vez que pego nesta coisa, isto com prática vai lá!"
Mas depois aconteceu outra coisa curiosa: voltei a perder.
E não só mais uma, mas muitas vezes!!!
O computador estava a dar-me porrada de criar bicho!

Naturalmente que isto entristeceu-me, porque eu não andava ali para perder.

O que é que fiz então?

Fui ao menu principal do jogo, e com um simples clique do rato, diminuí a dificuldade do jogo.

E maravilha das maravilhas, alegria e satisfação! Comecei a ganhar desalmadamente! Era como dar tiros a peixes num barril! Eles caíam que nem tordos!
E eu fiquei muito satisfeito comigo mesmo.

Caro leitor, você sabe que já passou por isto. Tenha sido com outro FPS, tenha sido com um jogo de estratégia, até pode ter sido com o Tetris.

O que você (eu) faz quando começa a perder demasiado para seu gosto, e vai diminuir a dificuldade é basicamente o seguinte: vira-se para o computador e diz-lhe assim "Olha, e que tal se fosses um bocadinho mais estúpido para eu te ganhar com mais facilidade?" e ele, sendo um computador, obedece.
E lá vai você poder pensar que tem uma pontaria do caraças ou que as suas estratégias militares rivalizam com as do Sun Tzu.

Não, meu amigo... não.

A única coisa que você (eu) fez foi tornar o computador ainda mais estúpido que você, para lhe poder ganhar!

É mais ou menos o equivalente a estar no parque, numa tarde de domingo, a jogar às damas com os velhinhos que lá estão e, para sua grande surpresa, levar a abada da sua vida às damas (porque você se esqueceu que são velhinhos e não têem mais nada para fazer senão jogar às damas).

Então, insatisfeito com isso, você vai buscar uma criança com Síndrome de Down, e joga às damas com ela.
E quando ganha acha-se o maior!
E se calhar ainda lhe chama uns nomes pelo meio!!!

O que acontece actualmente é que as pessoas que desenvolvem os jogos sabem que ninguém gosta de perder. Por isso cada vez menos os jogos têm um nível de dificuldade chamado "Fácil".
Ninguém quer admitir que só consegue ganhar no "Fácil".

Por isso em vez da sequência habitual, os jogos hoje em dia já costumam ter os níveis de dificuldade "Normal", "Difícil", "Impossível" e "Pesadelo"
Dessa maneira você já se pode gabar aos seus amigos de que ganhou o tal jogo no "Difícil"!
Mas desengane-se, caro leitor, na realidade o "Difícil" corresponde ao "Fácil"... E não caia na asneira de dizer que o jogou no "Normal" porque toda a gente sabe que "Normal" significa, na realidade, "Atrasado Mental".

Depois existem aqueles jogos que são mesmo difíceis, e cujo nível de dificuldade "Normal" significa, para as pessoas que criaram o jogo, "Horas-e-horas-de-tentativa-e-erro-contra-bosses-com-múltiplos-estágios-que-dão-mais-dano-do-que-sequer-era-permitido-no-jogo-até-essa-altura-e-com-personagens-que-parece-que-têm-tuberculose-e-artrite"

Por exemplo o Devil May Cry e o Demon's Souls.

Eu entretanto vou dar tiros a bots que têm a inteligência de um repolho numa cadeira de rodas, e sentir-me o maior do mundo.



Read More »

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Incompetência vs Ditadura



Eu costumo queixar-me que a maioria dos funcionários da função pública (sobretudo os políticos) é extremamente incompetente.
Também já disse muitas vezes que enquanto não se resolver o problema da corrupção, qualquer outra medida de reforma social ou legal é completamente inútil.

No entanto apercebi-me há pouco tempo que é exactamente a ganância e incompetência dos nossos governantes que nos garante que dificilmente cairemos num estado ditatorial ou totalitarista.

Uma ditadura dá muito trabalho a organizar. Custa dinheiro e tempo e recursos.

Porquê fazer uma ditadura quando é muito mais fácil simplesmente chegar ao governo, aproveitar a incompetência e desorganização gerais, e sem grande dificuldade roubar tudo o que se quiser?

Não vale a pena ser-se totalitarista! Isso só dá dores de cabeça.

Quando aparecem pessoas com mania de controlo e organização, que querem pôr ordem nisto tudo, é que surgem as ditaduras.

Portanto eu digo que venha a corrupção e a desorganização! Mais ainda!

Se já vimos que governantes honestos e liberais são impossíveis de acordo com as leis da física (assim como viajar mais depressa que a luz), então prefiro governantes gananciosos e incompetentes qualquer dia da semana, se a alternativa são governantes totalitaristas!
Read More »

sábado, 4 de setembro de 2010

Inception Cat

Isto era demasiado bom para deixar passar...

Read More »