Pataniscas Satânicas

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domingo, 27 de dezembro de 2015

Melhores de 2015 - Artigos do Gui

Estamos quase no fim do ano, e vocês sabem o que é que isso significa! Listas de melhores do ano!

Toda a gente gosta de listas, e são tão fáceis de escrever que até parece batota! Portanto acompanhem-me numa digressão onanística pelas melhores coisas que eu escrevi este ano!


Bolas, Tubos e Memes
Se lêem este blog com alguma frequência, já repararam de certeza que eu gosto imenso de explorar ideias e conceitos em várias escalas. Diverte-me muito pegar num conceito e ver de que maneira ele existe ou se manifesta desde o muito pequenino ao muito grande.

Faço isso muito literalmente com o Bolas, no qual pego num berlinde como referência para ir saltando entre átomos, bactérias, planetas e galáxias e mostrando realmente quão pequeninos ou grandes eles são.

No Tubos, faço mais ou menos a mesma coisa, só que em vez de berlindes e galáxias são tubos e animais.
Mesmo quando fazia a investigação para este artigo, fiquei fascinado com a forma como, desde o seu início mais primordial há 710 milhões de anos, com a humilde esponja, a estrutura morfológica básica dos animais não se modificou assim tanto como poderíamos pensar.

Faço a mesma coisa, de pegar num conceito em várias escalas, com o meu texto sobre Memes. Só que nesse o que faço é mostrar como qualquer sistema de informação, sejam genes, programas de computador, ou até a linguagem humana, é susceptível de ser infectado por pequenos pedaços de código auto-replicante.
Achei particularmente fascinante a ideia de que os memes, que eu pensava que eram só modas na internet, podem ter manifestações muito maiores, como as histerias de massas do séc XVI, ou até como doenças somáticas, observáveis.


Coisas Médicas e de Consultas
Por mais que me esforce, não consigo evitar que o trabalho acabe por se infiltrar nas coisas que escrevo. Para além disso há toda uma multidão de médicos que se queixam das mesmas coisas que eu, e são um excelente público para aumentar as views do blog, portanto também há isso.

Com o Destruir do Serviço Nacional de Saúde Para Tótós, explico em 6 passos simples como desmantelar a saúde em Portugal e vendê-la às empresas dos amigos.
Este exercício em cinismo e sarcasmo foi seguido em pouco tempo pelo Porque é que os Profissionais de Saúde devem usar os telemóveis pessoais no local de trabalho, escrito numa tarde em que estava particularmente irritado por já não poder ligar à Dona Clotilde para saber como estavam as suas cruzes.

No artigo Ontem fiz uma Consulta, vêem uma coisa que é rara: eu a ser honesto.
Este artigo que descreve uma consulta real que dei um dia, foi escrito de uma assentada só, sem revisões ou muitas edições, e que mexeu comigo de uma forma que não me deixou a sentir-me bem.


A Realidade Está Mal Escrita
Eu sou viciado em narrativas, e no Reality is Just Bad Writing, passo um grande bocado a explicar de que forma a narrativa é ainda mais importante do que possamos pensar..
Passando por religiões e mitos, descrições matemáticas do caos e do clima, a Capela Sistina, e heróis de banda-desenhada, mostro de que maneira a narrativa foi instrumental não só em estruturar a nossa consciência, mas foi também a base de grande parte da nossa civilização.


Assassinos de Massas e Aquecimento de Estufa
Gosto particularmente do Gengis Khan e os Amigos da Natureza, porque não só mistura várias das minhas coisas preferidas (extinções de massa, os mongóis, e teoria de aquecimento global), mas porque introduzo esta ideia bizarra de que uma só pessoa, o Gengis Khan, possa ter tido um impacto POSITIVO no ambiente e na redução do aquecimento global.
Também me deu a oportunidade de meter a cara do Gengis Khan no corpo do Capitão Planeta.


A Existência da Alma
No artigo intitulado simplesmente "42" começo por fazer uma afirmação audaz que é a de que temos uma alma.
Depois ando a deambular por conceitos como informação, neurónios, consciência, e átomos para chegar a uma das ideias mais poderosas de sempre, que é a de que somos o Universo a experienciar-se a si mesmo.
Este é um dos artigos de que mais me orgulho, um dos que me saiu com mais facilidade (foi escrito de uma só vez, de seguida, quase sem edição), e um dos que me deu mais gozo a escrever.
O título "42" é uma referência à resposta ao sentido da vida, do universo e de tudo o resto, de Douglas Adams.


Sobre Heróis e Vilões
Adoro o que a Marvel está a fazer com o seu Universo Cinematográfico, e adoro análises narrativas, portanto estes artigos eram inevitáveis.
Apesar de ter escrito várias coisas sobre os filmes e os heróis da Marvel ao longo dos tempos, acho que estes são os dois melhores artigos sobre o assunto que já escrevi até agora.
Com A Construção de um Herói e A Construção de um Vilão, analiso de que forma a Marvel desenvolve duas personagens desde o seu início razoavelmente neutro até dois extremos diametralmente opostos (o Herói e o Vilão) de uma forma orgânica e quase despercebida por detrás de toda a acção e explosões.


Porque é que há uma crise? Por causa do Papão!
No início deste ano comecei a ouvir os podcasts Hardcore History do Dan Carlin, e estes artigos foram inspirados em coisas que eu aprendi lá.
Quando comecei a escrever sobre como a crise sócio económica actual podia ser explicada recorrendo a ideologias históricas e a tropes, pensava que isso podia ser feito num único artigo.
Obviamente que o texto foi crescendo e crescendo e eu vi-me obrigado a dividi-lo em dois, e depois em três partes.
No fim, o Papão vem do Norte Parte I, Parte II e Parte III resulta numa explicação histórica, narrativa, divertida e sobretudo simplista dos problemas económicos que definem o nosso presente.


As Aventuras Malucas de Rasputin
Também inspirados nos podcasts do Hardcore History, especificamente a série Blueprint for Armageddon sobre a Primeira Guerra Mundial, são estes artigos sobre o Rasputin.
No meio de toda a riqueza de informação e conhecimento sobre a Grande Guerra, o Dan Carlin fala um bocadinho sobre a influência do Rasputin na monarquia russa. , e conjectura sobre várias teorias que explicam porque é que ele ganhou a influência que ganhou.
Quando comecei a pesquisar mais acerca de Rasputin, e porque é que ele teria ganho tanta influência com os Tzares, passei umas boas 3 semanas obcecado com o assunto, e daí saíram O Monge Louco Parte I e O Monge Louco Parte II.


Tudo o que somos
Por falar em obsessões e em perder-me a pesquisar em tocas de coelho, houve aqueles dois MESES em que eu só conseguia ler e pensar sobre a Consciência Humana.
Eu originalmente ia escrever sobre Inteligência Artificial, mas quando comecei a pesquisar acerca do assunto, comecei a perceber que para compreender e explicar a Inteligência Artificial tinha primeiro de compreender a Inteligência Humana. Depois percebi que o interesse da questão não era realmente a Inteligência (que é só uma ferramenta), mas sim a Consciência ela própria.
Acho que nunca li tanto sobre um assunto, nem investiguei tantas fontes diferentes, durante tanto tempo. Mas o resultado final, O que é a Consciência Parte I, Parte II e Parte III, são provavelmente das melhores e mais complexas coisas que eu já escrevi em termos de exploração de conceitos científicos



Espero que tenham gostado de ler estes artigos tanto quanto eu me diverti a escrevê-los, porque podem ter a certeza que não o faço por mais motivo nenhum.

Feliz Natal!

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