Pataniscas Satânicas

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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Top 5 de filmes de 2015

Toda a gente gosta de listas, e nós precisamos de conteúdo fácil de criar porque também merecemos umas férias. Vejam agora os filmes de que eu mais gostei este ano.

Houve vários que eu não vi, como o Bridge of Spies, que supostamente é também muito bom, e portanto não entram nesta lista..

Estes representam só os que eu gostei mais, dos que vi.

5- Mad Max: Fury Road
George Miller volta a pegar no mundo que criou em 1979 com o original Mad Max, e agora, finalmente, com dinheiro e recursos, completa a sua visão.
Fica-se com a impressão que Mad Max: Fury Road é o filme que George Miller queria ter feito desde o início, mas simplesmente não havia efeitos especiais para o fazer.
Mad Max: Fury Road resulta numa aventura de acção intensa, sem remorsos nenhuns acerca dos exageros em que cai. O enredo e os diálogos são minimalistas, e em vez disso o filme suporta-se pelos seus visuais.
São exactamente esses exageros visuais (dos quais o meu preferido é aquele tipo em cima do camião a tocar uma guitarra eléctrica/lança chamas) que tornam o filme tão característico e envolvente.


4- Chappie
Neill Blomkamp este ano dá-nos o seu melhor filme até à data com Chappie, um filme sobre inteligência artificial (ou será consciência artificial? tenho de escrever acerca disso).
Tive imensa dificuldade em decidir entre o Ex Machina e o Chappie, uma vez que a premissa de ambos é muito semelhante: o que aconteceria se alguém conseguisse criar uma verdadeira super-inteligência artificial?
Apesar de Ex Machina ser a melhor representação científica de uma inteligência/consciência artificial, acaba por ser um filme muito cerebral (o que não é uma coisa má), ao passo que Chappie nos mostra uma história extremamente emocional. Isso faz dele um melhor filme, mesmo que não seja a melhor representação de uma IA.
Chappie tem um visual hiper-realista, personagens muito características e credíveis com boas motivações, e consegue variar entre o enternecedor e o dolorosamente violento. Nunca me importei tanto com uma personagem robótica quanto me importei com Chappie.


3- The Martian
Provavelmente o melhor filme de ficção científica do ano, The Martian é um filme extremamente inteligente, muito cómico, dramático, com momentos de tensão maravilhosamente construídos.
A progressão da narrativa é incensurável, e as interpretações, sobretudo a de Matt Damon, carregam o filme de um humanismo que já não se via há muito tempo.
A ciência apresentada no filme é rigorosamente correcta e as vistas de Marte são suficientes para emocionar qualquer amante de ciência.
Num panorama de cinema em que as sequelas e as franchises dominam, dá gosto ver um filme independente assim tão bom.


2- Avengers: Age of Ultron
Todas as vezes que vejo este filme fico impressionado com a quantidade de coisas que consegue fazer. É um excelente filme de super-heróis, tem sequências de acção fantásticas, a dinâmica da equipa é extremamente divertida, a progressão das personagens, sobretudo a de Tony Stark é muito apelativa de se ver, o vilão, Ultron, é melhor cada vez que o vejo.
O enredo central, da tentativa de Ultron de destruir a Terra e os Avengers, progride de forma entusiasmante, e para além disso o filme consegue ainda fazer mais uma dúzia de coisas (pegar em pontas de filmes anteriores, introduzir personagens novas, lançar enredos para os próximos filme) de uma forma largamente coerente. É um tributo a Joss Whedon e Kevin Feige que este filme consiga fazer tantas coisas ao mesmo tempo, tão bem.


1- Star Wars: The Force Awakens
Já o disse, e continuo a dizê-lo, este filme é TÃO BOM!
A primeira coisa que faz extremamente bem, é pegar em todo o Universo do Star Wars e ser-lhe fiel da melhor maneira possível. Não só os ambientes, a fotografia, os efeitos especiais, a história em si é muito reminiscente do A New Hope, como as novas personagens e as dinâmicas entre elas são um reflexo das dinâmicas que adorávamos nos filmes antigos.
As personagens estão soberbamente bem escritas. Rey, Finn, Poe Dameron, Kylo Ren são ao mesmo tempo heróis e vilões fantásticos, com motivações fortes e actos de coragem ou maldade maiores que a vida, e simultâneamente humanos, frágeis, com conflitos.
Mais do que tudo isso, The Force Awakens é um fantástico filme de aventura, muito muito entusiasmante de ver, e uma lição sobre como fazer bons filmes.


Menções Honrosas

Inside Out
A Pixar traz-nos mais uma das suas obras primas, desta vez com uma representação visual do mundo interior de uma menina de 12 anos.
Representando cada uma das suas emoções básicas (alegria, tristeza, medo, raiva e repulsa) por personagens, o filme leva-nos por cada uma das crises de vida desta rapariga.
Apesar desta premissa que tinha tudo para ser um filme superficial sobre sermos felizes, o filme torna-se surpreendentemente profundo na sua representação da consciência, brincando com a ideia de memórias formadoras da personalidade, a necessidade da tristeza e a saúde mental.
O filme é muito muito divertido e cómico, com excelentes interpretações de voz e é visualmente deslumbrante.


Home
Home, da Dreamworks, corre o risco de passar despercebido, o que é uma pena.
O filme conta a história da invasão alienígena mais simpática de sempre, por parte de uma espécie de criaturas, os Boov, cuja vantagem evolutiva é serem cobardes e fugirem à primeira dificuldade,
A representação dos Boov é muito específica e invulgar, cheia de pormenorezinhos muito muito cómicos.
A interpretação de Jim Parsons da personagem principal, Oh, é hilariante e mostra realmente que Jim Parsons faz o que quiser.
Não é um filme perfeito, mas tem tantos, tantos detalhes deliciosos que é uma pena ser esquecido no meio de outras produções mais espalhafatosas.

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