Pataniscas Satânicas

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Rick and Morty

Um desenho animado que me fez querer ver alguns episódios duas vezes. Isso não acontecia há algum tempo. Talvez porque mistura ficção científica e humor de uma maneira que não se encontra com frequência.
Spoilers e tal...


Sobre uma família disfuncional, com um casal que vive com o pai dela, que é um cientista amargo, zangado com a vida e péssimo a inventar catchprases - Rick. O argumento gira à volta dos portais que ele cria para universos paralelos, para onde viaja com o neto - Morty. Em várias situações percebe-se que Rick daria a vida por Morty, mas a maior parte do tempo é desagradável e negligente com o neto. Além de que está permanentemente bêbado.


As aventuras de Rick e Morty são grotescas, violentas e sórdidas, mas muito originais. São uma distorção radical do formato clássico da família como centro de uma série de desenhos animados, como os Simpsons, ou o Family Guy. Basta pensar que a personagem central é o avô da família.

As falhas de Rick são toleráveis, porque ele é genial, e resolve qualquer situação.  Morty desempenha um pouco o papel de voz da consciência, tentando guiar moralmente os acontecimentos. Claro que muitas vezes acaba por acontecer precisamente o oposto.

A mãe, Beth, tem personalidade forte e assuntos mal resolvidos. É cirurgiã de cavalos, mas sente-se frustrada de não operar em humanos. Culpa aos filhos por terem nascido demasiado cedo, não lhe permitindo concretizar as suas aspirações, além de que herdou o gene que faz beber uns copos a mais.
O pai, Jerry, consegue ser pior. Um personagem sensível, mas inseguro, cobarde e egocêntrico.
Juntos, são o protótipo do casal codependente.


Summer é uma adolescente típica. Há um episódio em que convence Rick e Morty a caçarem vampiros na sua escola. Quando já estamos à espera que o episódio seja uma paródia ao Twilight, a cena muda, os vampiros estão todos mortos, e a narrativa segue uma direcção diferente.

Outros dos meus momentos preferidos incluem:

O episódio em que o ''Conselho dos Ricks'', uma reunião interdimensional de milhares de Ricks de dimensões diferentes se reúne na ''Cidadela dos Ricks'', para descobrir qual deles anda a matar os outros.


Get schwifty - uma musica que Rick e Morty cantam para apaziguar uma cabeça gigante que aparece no céu, e desafia a Terra - ''Show me what you've got!''. A música é um hino à música pop mainstream contemporânea. Completamente desinspirada, incentiva quem ouve a ''get schwifty'' (ficar sexualmente excitado numa festa, sob o efeito de drogas), a despir a roupa e a cometer loucuras aleatórias, como defecar no chão. Estas são todas as ideias expressas na música. Todas.


Mas para não ficarem com a ideia que o programa vive de músicas ordinárias, aqui vai outra - Goodbye moon man, uma música sobre a destruição iminente do nosso universo por um civilização de bufas telepáticas, que por alguma razão gostam de cantar.


''Waba lubba dub dub!!'' uma das catchphase de Rick, descobrimos depois que quer dizer: '' Estou em grande sofrimento. Por favor ajudem-me'', na língua dos homens-pássaro alienígenas.


É um programa com linguagem vulgar e violência gratuita, mas com uma sensibilidade incrível para realidades que normalmente não aparecem nos desenhos animados. Isto permite que as personagens tenham profundidade e se debatam conflitos relacionáveis, o que cria um contraste espectacular com o facto de estarem sempre a viajar para universos paralelos. Além de que se debatem com conflitos existenciais em situações comuns, sempre com humor cáustico.


''Nobody exists on purpose. Noboby belongs anywhere. Everybody is gonna die.

Come watch tv.''


7 comentários:

  1. Tenho definitivamente de ver isto! Não sei porque é que já não vi. Ah pera, sei sim! Tive um exame há um mês e agora tenho outro!

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    1. isso tem uma certa tendência para acontecer com demasiada frequência.
      O papão vem aí com força... Desta vez diz que vai tirar as luvas, e se não te portares bem agora, durante um bocado bom, o papão vai ficar lixado contigo.

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  2. Em seu modo caótico, o Ricky aponta para o fato de que cada ação tem reações no futuro. Eles não se submetem a o controle da Federação galáctica ass: Pessoa Pássaro. Ele chegou a destruir o planeta com um vírus mutante (parte louva deus para acabar com a química do amor ) ...não concertou e se mudou para um universo onde eles morreram kkkk ... (exatamente o que o Bill Gates esta fazendo )

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  3. http://www.theeventchronicle.com/study/depopulation-zika-virus-funded-by-bill-gates/

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